quarta-feira, 31 de março de 2010

Terapias e técnicas mediadas pelo corpo:

“Um extenso conjunto de terapias e técnicas hoje disponíveis, são mediadas pelo corpo, em repouso ou em movimento, relaxado ou com uma atenção dirigida para uma tarefa ou actividade.
Algumas destas terapias partem de aplicações específicas dos grandes quadros teóricos,constituindo-se como verdadeiras psicoterapias e processos terapêuticos auxiliares de reabilitação ou promotores do desenvolvimento pessoal.
Muitas podem ser enquadradas em processos psicoterapêuticos, como é o caso das relaxações, do biofeedback ou da visualização em psicoterapia comportamental e cognitiva, a hipnose e alguns tipos de massagem em psicoterapias gestálticas ou corporais.”

(Leal, Isabel. 2005. Iniciação às psicoterapias. Lisboa: Fim de Século – Edições.)

Descubra as que pode usufruir no Saber & Sorrir:

■Massagens de relaxamento,
■Relaxação e
■Terapia do riso
■Yoga do riso.

Workshop em Braga – Passos para o Optimismo!


Olá! Estamos a mil e com muitos projectos mas não poderíamos deixar de ir ter com os nossos amigos de Braga. Por isso, no mês de Maio, estaremos por lá para realizar mais um Workshop O ser, O Saber e o Sorrir – Passos para o Optimismo!!! Em breve deixaremos aqui todos os detalhes.
Se tem curiosidade para saber como correram as edições anteriores clique em edição Chaves e edição Porto . Se quer saber mais sobre o programa do Workshop clique aqui.
Aguardamos o seu contacto.

Um abraço!!!


A Equipa.

“Um sonho possível” – “The blind side”

Um filme é como qualquer situação que acontece na vida, consciente ou inconsciente, de proporções enormes ou gestos simples, dependendo sempre dos olhos que vêem! Assim, um filme, uma imagem, uma situação vai ter tantas interpretações quantas observações, sem que alguma delas esteja totalmente certa ou errada. Isto é ser Humano, com livre arbítrio para sentir, pensar, interpretar e expressar em congruência consigo mesmo.

Impossível assistir a esta produção cinematográfica sem a vontade de partilhar a mensagem que me transmitiu. Surge, então, como primeira prioridade contextualiza-lo com a actualidade. Uma actualidade cada vez mais critica, por um lado, mais exigente, mais apressada, mais materialista, mais ambiciosa, menos humana, menos compreensiva, menos tolerante, menos capaz de interagir socialmente de modo saudável. Por outro lado, ainda em minoria, uma actualidade preocupada em olhar à sua volta, em evitar danos mais irreversíveis quer no ambiente quer no ser humano, com tempo para parar e perguntar ao outro “está tudo bem?”, com paciência para ouvir, com um abraço para reconfortar, com a esperança de que cada um pode marcar a diferença, transformando o que dizem estar mau em algo melhor.

Nestes 129 minutos vemos uma transformação, que facilmente se transporta para a realidade, de um estereótipo de adolescente perdido, sem capacidades intelectuais, sem interacção pessoal, problemático para qualquer escola que não se quer ver numa posição desconfortável aquando do ranking de notas finais. Um adolescente habituado a nada, a ser invisível, a não sorrir, a não se achar capaz, marcado pela vida por onde passou aos trambolhões e que nunca reparou nele. Muitos adolescentes/crianças podem ser vistos nesta personagem, com potencialidades escondidas por meios culturais deficitários, ambientes familiares desestruturados, situações traumáticas que ninguém os ensina a enfrentar, quanto mais ultrapassar.

No meio de um futuro inexistente e um presente sombrio, surge alguém que arranja tempo para parar, olhar, reparar, sentir… Agir! Agir pela diferença, pela compaixão, pela vontade de ouvir e entender um adolescente que já se tinha dado como perdido. Aqui surge uma relação de conquista, como todas as relações devem ser entendidas, com a transferência de um para o outro, como forma de enriquecimento de vida, de pura partilha. Neste desenrolar salienta-se o carinho; a persistência; a preocupação em ouvir o que o adolescente pensa, sente e não o que normalmente queremos que ele sinta e pense; a dedicação que nos faz identificar os pontos fortes e as limitações e permite ajudarmos a diminuir a sensação de incapacidade maximizando tudo o que tem de positivo.

Não analiso esta história exactamente como está contada, não apelando a que cada pessoa pegue em alguém que encontre na rua e leve para casa (se bem que poderia ser uma ideia), mas absorvo a ideia geral como forma de lição de vida, e alerta para que, mais uma vez, comportamento gera comportamento e todos somos um pouco responsáveis pelo que acontece à nossa volta, quer seja por acção ou inércia…

Dá muito que pensar esta película… Numa altura em que todos os dias se fala de violência nas escolas e em formas de punir alunos.

Mais do que perder tempo em sancionar, que muitas vezes se traduz em expulsão do meio escolar e consequente incentivo à marginalidade, devia usar-se esse tempo em prevenção! Prevenir identificando não as possíveis “vitimas” mas sim as anteriores “vitimas” que posteriormente são classificados de agressores. Eliminando o foco do problema em vez de agir em cima do “problema”. Quem? Uma equipa multidisciplinar, envolvendo várias áreas mas unidos com uma única finalidade: preocupar-se mesmo com esta causa, acreditando que é possível se alterar rumos e que o carinho é o melhor aliado!

Recomendo este filme e o Saber & Sorrir pede o seu comentário. Porque é importante para nós cada opinião.

Dados do filmes:

Duração: 129 minutos;
País: Estados Unidos
Classificação: +12
Género: Biografia
Data de estreia: 25/03/2010

Ficha artística
Sandra Bullock
Quinton Aaron

Ficha técnica
Director : John Lee Hancock (www.Uciportugal.pt)

Domingo a Sorrir!

Foi com muita alegria e muitos sorrisos que a equipa do Saber e Sorrir esteve no Workshop de Yoga do Riso, no dia 28 de março com Ana Banana. Estar ao lado da Ana é beber da fonte! (risos) Foi esta palhaça de profissão que trouxe a Yoga do Riso para Portugal e espalhou risos e gargalhadas por todos os cantos. E temos muito que agradecer!!!



Após ter trabalhado em várias companhias de circo juntou-se, também, a Associação Nariz Vermelho Palhaços para levar alegria e esperança as crianças hospitalizadas. É através da Escola do Riso que se faz a formação de Líder da Yoga do Riso, certificada pela Dr. Kataria’s School of Laughter Yoga.
A yoga do Riso foi fundada pelo Dr. Madan Kataria, médico indiano que em 1995 criou uma nova técnica de Yoga – Hasya Yoga. Começou com apenas 5 pessoas gargalhando sob sua orientação e actualmente existem mais de 6000 clubes do riso espalhados por todo o mundo.


Quer rir connosco?? Então mostre o seu interesse mandando-nos um e-mail!


Tenham uma semana cheia de sorrisos!!!



quarta-feira, 24 de março de 2010

Nesta primavera pense em si!



Ai… É Primavera


Que bom que seria parar 60 minutos no tempo, equilibrar as minhas energias numa massagem de relaxamento…

Há quanto tempo preciso de uma consulta de Psicoterapia para entender melhor algumas situações que me acontecem e reacções que não consigo explicar…
Sorrir faz-me falta… Já não me lembro de sorrir, dar boas gargalhadas das que me fazem doer os músculos do estômago… Terapia do Riso seria uma boa solução!

Chegou a Primavera!


Chegou a estação dos primeiros cantos dos pássaros no ano, das flores a despertar e deixarem-se beijar pelos raios de sol, daquele sol límpido que começa a aquecer devagar, devagarinho, conquistando cada vez mais um pouco de nós. De nós que abandonamos as 3 camisolas interiores, gola alta, lã e casacos grossos. Vamos buscar camisolas mais sexys, cores mais garridas, algumas com decotes, outras de mangas curtas. Que aventura de conquista é esta estação do ano.


Este ano alertamos para se prepararem para esta entrada simbólica da Primavera. Para se libertarem de todo o peso que carregam dia a dia… do passado que já lá foi, do futuro que está sempre longe… Não! Este é o momento de viragem na sua forma de olhar a vida (a sua vida!), de olhar os outros, a si próprio e tudo o que acontece. Liberte-se para finalmente começar a sorrir sem esperar que acerte no euro milhões ou consiga aquelas montanhas de “ses” que temos sempre a acumular na cabeça e ocupar espaço.


O que é o mais importante para ser feliz? Você mesmo! E vai ser!

Acorde todas as manhãs com um sorriso

O psiquiatra e autor de vários livros Roberto Shinyashiky escreveu este belo texto que achamos apropriado partilhar!

Leia e faça seu comentário! Ah! Seja feliz!


Acorde todas as manhãs com um sorriso.
Esta é mais uma oportunidade
que você tem para ser feliz.
Seja seu próprio motor de ignição.
O dia de hoje jamais voltará.
Não o desperdice,
pois você nasceu para ser feliz!

Enumere as boas coisas que você tem na vida.
Ao tomar consciência do seu valor,
você será capaz de ir em frente com muita força,
coragem e confiança!
Trace objetivos para cada dia.
Você conquistará seu arco-íris,
um dia de cada vez.
Seja paciente…

Não se queixe do seu trabalho,
do tédio, da rotina,
pois é o seu trabalho que o mantém alerta,
em constante desenvolvimento pessoal e profissional,
além disso o ajuda a manter a dignidade.

Acredite, seu valor está em você mesmo.
Não se deixe vencer,
não seja igual, seja diferente.
Se nos deixarmos vencer,
não haverá surpresas, nem alegrias…
Conscientize-se que a verdadeira felicidade
está dentro de você.

A felicidade não é ter ou alcançar, mas sim dar.
Estenda sua mão.
Compartilhe. Sorria. Abrace.
A felicidade é um perfume que você
não passa nos outros sem que o cheiro fique
um pouco em suas mãos.

O importante de você ter uma atitude positiva
diante da vida, ter o desejo de mostrar
o que tem de melhor,
é que isso produz maravilhosos efeitos colaterais.
Não só cria um espaço feliz
para os que estão ao seu redor,
como também encoraja outras pessoas
a serem mais positivas.

O tempo para ser feliz é agora.
O lugar para ser feliz é aqui!

Psicologia

De um modo geral, a psicologia tem como objectivo ajudar o ser humano a compreender os seus pensamentos, comportamentos e emoções para encontrar o bem-estar, o equilíbrio e a felicidade.

Para uns tem o papel de auxiliar na escolha de melhores estratégias para lidar com os próprios problemas, ou limitações e aceitação de si próprio. Para outros é um espaço de identificação e desenvolvimento de habilidades e novas capacidades. Mas, para todos é um momento de partilha e de optimização dos recursos internos e externos em busca do crescimento pessoal.



A psicoterapia é uma forma de intervenção que, no Saber & Sorrir, assume duas grandes vertentes.

Por um lado, fornece apoio especializado aos mais variados tipos de perturbações emocionais em crianças e adultos, tais como:

Depressão;
Ansiedade generalizada;
Pânico;
Fobias;
Perturbações alimentares (bulimia, anorexia);
Perturbações psicossomáticas;
Perturbações sexuais
Dificuldades de relacionamento;
Stress;
Dependência;
Quadros de neurose e psicose;
Perturbações do desenvolvimento infantil (agressividade, hiperactividade, déficit de atenção e concentração, stress infantil, insucesso escolar e dificuldades de aprendizagem).
Seja com crianças ou adultos procura-se promover no individuo, ou grupo, recursos cognitivos e emocionais que originem mudança, melhor adaptação e realização pessoal. Para tal, recorremos, durante todo o processo psicoterapêutico, aos instrumentos de avaliação psicológica (cognitivo, intelectual e emocional), aos programas específicos de competências (pessoal, interpessoal e emocional) e/ou estratégias de reestruturação cognitiva-construtivista.

De modo a tornar este processo mais dinâmico utilizamos as Terapias e Técnicas Mediadas pelo Corpo tais como: arte-terapia, musicoterapia, terapia do riso, yoga do riso, jogo como terapia, relaxamento e massagens de relaxamento.



A outra vertente de intervenção centra-se no apoio especializado ao desenvolvimento pessoal sem que, necessariamente, haja uma perturbação emocional evidenciada.

O psicoterapeuta assume, então, o papel de mediador entre o individuo e a optimização das suas capacidades e habilidades para a obtenção de maior sucesso e bem-estar em distintas áreas da sua vida, como por exemplo: familiar, profissional, social e pessoal. Seja através do acompanhamento individual ou da participação em workshops.

Em todos os processos procura-se a optimização de recursos focando a atenção nas forças ao invés das fraquezas; construindo e solidificando o melhor que a vida oferece, em vez da reparação do pior e na promoção no ser humano de uma forma mais proveitosa de viver a vida.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Aos Pais



Ter um Pai! É ter na vida

Uma luz por entre escolhos;

É ter dois olhos no mundo

Que vêem pelos nossos olhos!

Ter um Pai! Um coração

Que apenas amor encerra,

É ver Deus, no mundo vil,

É ter os céus cá na terra!

Ter um Pai! Nunca se perde

Aquela santa afeição,

Sempre a mesma, quer o filho

Seja um santo ou um ladrão;

Talvez maior, sendo infame

O filho que é desprezado

Pelo mundo; pois um Pai

Perdoa ao mais desgraçado!

Ter um Pai! Um santo orgulho

Pró coração que lhe quer

Um orgulho que não cabe

Num coração de mulher!

Embora ele seja imenso

Vogando pelo ideal,

O coração que me deste

Ó Pai bondoso é leal!

Ter um Pai! Doce poema

Dum sonho bendito e santo

Nestas letras pequeninas,

Astros dum céu todo encanto !

Ter um Pai ! Os órfãozinhos

Não conhecem este amor !

Por mo fazer conhecer,

Bendito seja o Senhor!


Muito nova a poetiza Florbela Espanca escreveu estas quadras ao seu pai, muito embora, o relacionamento entre eles não fosse fácil, pois ela era filha ilegítima do casamento paterno.

No entanto, nada a desmotivou a demonstrar o afecto e carinho que nutria por ele.

Presentes, ou não, em nossas vidas, não podemos deixar de admitir que os nossos pais foram um dos dois principais elementos no momento da nossa concepção… Dando-nos vida. No mínimo lhes devemos essa gratidão: o dom da vida.

Então, a todos os pais desejamos que se sintam abraçados pelas palavras doces de Florbela. Aonde quer que se encontrem recebam a nossa gratidão… pelos abraços, pelo carinho, pelos sermões, pelas ausências, pelas presenças, pelas palavras, pelas incompreensões, pelos beijos, pelo olhar austero, pela assertividade, por se sentarem connosco, por nos amarem… ou mesmo pelo relacionamento mais difícil… Porque tudo isto são aprendizagens que guardaremos para sempre em nossos corações.

Ao meu pai e ao pai do Francisco um muito obrigada

quarta-feira, 17 de março de 2010

Comportamento humano: Natureza vs. Educação

Afinal de contas, o que nos move? Sim, as pernas… os carros e as restantes formas de transporte deslocam-nos de um lado para o outro. Servem para que possamos alcançar objectivos. Mas, como surgem esses objectivos? O que está por trás das nossas atitudes e comportamentos? E o que pensamos? Por que pensamos? Por que temos determinadas crenças? O que nos influencia afinal?

Ora, se a humanidade está dividida em duas eras (antes e depois de Cristo) significa que há mais de 2010 anos que este tema é debatido e estudado. As conclusões são ambíguas, pelo simples facto de grande parte dos autores quererem ter razão, fechando a sua mente às outras hipóteses, também elas válidas. É importante que haja rigor no que fazemos, mas a rigidez de pensamentos fecha portas e janelas a aspectos muito importantes para todos.

Bem, uma breve análise do título supracitado e apresentado na comemoração do The Zeitgeist Movimento (13 de Março) leva-nos a uma das mais velhas perguntas da humanidade que tem influenciado filósofos, cientistas, psicólogos, médicos, artistas… um sem fim de pessoas: Quem sou eu?


Somos instinto ou somos razão? Somos hereditariedade ou educação? Nascemos pré-destinados a ser como somos ou gerimos o nosso presente e o nosso futuro?

Perguntas nada fáceis… Vamos tentar simplicar.

Segundo dicionário on line a genética é uma ciência biológica que tem por objecto o estudo dos fenómenos e das leis da transmissão hereditária (considerando os genes) dos caracteres e a variação destes. Sabemos que genéticamente podemos herdar caracteres físicos e biológicos, tais como tipo sanguíneo, cor dos olhos, estrutura física, doenças. Mas também herdamos tendências. Sejam células pré-dispostas a determinadas doenças, ou a um funcionamento hormonal menos bom. Isto são tendências que podem ou não se desenvolverem consoante os nossos comportamentos.

Por exemplo, um dos nossos pais sofre de bronquite asmática, essa é uma doença genética, passando entre gerações. No entanto, pode ou não ser desenvolvida consoante os hábitos alimentares, comportamentos adequados à manutenção de uma boa saúde física.

Assim, apercebemo-nos de que os nossos actos influenciam o aspecto genético. Talvez seja por isso que Matt Ridley, autor do livro O Que Nos Faz Humanos, num artigo para a revista New Scientist, afirma: “Os genes não restringem a liberdade humana – eles a possibilitam”. Deixando nas nossas mãos a capacidade de mudança.

Um outro aspecto ligado à genética tem a ver com o que é transmitido desde há muitas gerações, desde o Homem Primitivo, ou seja, o instinto.

O instinto está intimamente ligado à nossa capacidade de luta ou fuga perante uma ameaça. O Homem Primitivo, como acontece com os animais, vivia constantemente ameaçado. Por um lado as ameaças exteriores, por outro a questão da sobrevivência. De uma forma geral, tudo o que se conquistava era para a sua sobrevivência ou a sobrevivência dos seus.

Como se sabe, hoje em dia, a carne está à venda em talhos e supermercados, a nossa espécie apenas é ameaçada por si própria através do mau uso que faz das recursos que a terra fornece. Então, temos medo de quê? Qual é o motivo que faz com que os homens ainda lutem por pedaços de terra? Ou ouro? Ou petróleo? Ou prejudiquem os outros para progredir a nível profissional?

Sabemos que uma das qualidades do Homem é a sua capacidade de adaptação a ambientes adversos… Se fomos capazes de nos erguermos, de moldarmos as nossas mãos de rudes para delicadas como hoje, o instinto de sobrevivência já não é justificavél de forma tão rígida e muito menos óbvia.

Hoje sabemos observar e sentir o que nos rodeia, precisamente porque temos a capacidade de desligar o nosso mecanismo de defesa, ou luta ou fuga, e usufruir de momentos de paz, tal como demonstra a imagem ao lado.

Mas nem todos o conseguimos fazer da mesma forma, é verdade. Entramos aqui naquilo ao que podemos denominar de personalidade.

A nossa personalidade é o que nos distingue como indivíduos. Tem a ver com a integração de diversos factores, ou, características essenciais (inteligência, carácter, temperamento, constituição) e as suas modalidades próprias de comportamento.

Então, o que molda a nossa personalidade?

O filósofo inglês John Locke (séc. XVII) formulou a metáfora da tábula rasa: somos uma espécie de folha em branco que é preenchida no decorrer da vida. Este princípio foi essencial para a criação de pilares da política moderna, como a Declaração dos Direitos Universais do Homem, de 1776, ou o socialismo.

A partir desta premissa surgiram uma série de teorias sobre o que influenciava a personalidade do ser humano. Vejamos algumas:

Influência dos pais: Desde os primeiros estudos de Sigmund Freud, e até antes deles, os pais são tidos como os agentes mais importantes na criação de uma pessoa. Freud foi, ao lado de Darwin, um dos grandes pensadores do século XIX a abalar a idéia de Deus, mostrando que as noções de pecado e culpa são transmitidas pelos pais e podem ser a causa de vários dos nossos problemas. Estudos actuais mostram que, conforme interage com os adultos, a criança é moldada ao mundo em que nasceu. E os “outros” mais importantes dos nossos primeiros anos são os pais, servindo de referência de traços aos quais reagimos (imitando ou não).

Influência dos amigos: Em 1998, a psicóloga americana Judith Rich Harris afirma que as relações horizontais dos 6 aos 16 anos são o grande definidor da personalidade adulta. Para ela, ao se identificar com determinada pessoa, a criança tende a agir conforme as regras internas daquelas pessoas, tentando encontrar um papel que lhe renda uma boa posição entre os membros.

Influência da educação: o psicólogo John Watson, famoso no início do século XX, chegou a dizer que conseguiria fazer de qualquer criança um médico ou artista de sucesso se pudesse aplicar na “cobaia” um sistema contínuo de estímulos e respostas. Para o behaviorismo, personalidade bem formada é resultado de uma educação de recompensas e punições.
Nenhuma destas teorias está certa ou errada. Os nossos pais são pessoas fundamentais na nossa vida, a forma como eles e os nossos professores nos educaram, marcaram, com certeza, um pouco do que somos. Os nossos amigos são fantásticos! Ou foram fantásticos… Ou serão fantásticos… Mas, e a religião, ou ausência dela, até que ponto nos marcou? E a nossa cultura? E se nascessemos num meio sócio-económico diferente? Como seria? E se tudo e todos à nossa volta desaparecessem, como seríamos?

Aqui impõe-se repetir a questão: Quem sou eu?

Podemos afirmar que se tudo desaparecesse nós estaríamos ainda aqui. Obviamente, seríamos diferentes, completamente diferentes. Mas existiriamos! Pelo simples facto de sermos indivíduos, munidos das capacidades de pensar, sentir e agir.

Independentemente da forma ou de quem nos possa moldar, a forma como interpretamos os factos é a grande variância e o que nos leva a ter determinados comportamentos.

Vejamos este vídeo:


http://www.youtube.com/watch?v=gbkM_3teyQs

“O homem tem tantos eus quantos são os indivíduos que o reconhecem”, disse em 1890 o psicólogo William James, um dos primeiros a estudar a personalidade. Se somos influenciados por quem nos rodeia temos também comportamentos diferentes consoante os momentos e as pessoas com quem estamos.

No vídeo vimos como os comportamentos de uns moldam os comportamentos dos outros. Neste caso, pais influenciam os filhos de forma negativa. Mas também os nossos vizinhos, a pessoa que nos atente no supermercado, ou na padaria, ou os nossos ídolos nos influenciam de forma mais ou menos positiva, conforme seja a nossa interpretação dos acontecimentos.
Seres humanos não são bons ou ruins: são o resultado da experiência de vida que os influenciam e estão sempre mudando, sempre em movimento. A “qualidade” de um ser humano está diretamente relacionada a como foi criado e aos sistemas de crença aos quais ele foi condicionado.
http://www.thezeitgeistmovement.com/joomla/index.php?Itemid=368

E as nossas crenças como são? Lógicas, suportadas empiricamente e permitem a satisfação das necessidades e objectivos mais básicos dos indivíduos, ou irracionais? Vejamos algumas crenças irracionais enumeradas por Óscar Gonçalves (2000):

É absolutamente necessário para um adulto ser amado por todos e em relação a tudo que faz;
Certos actos são terríveis e cruéis e que as pessoas que os cometem deverão ser severamente punidas;
É horrível quando as coisas não acontecem tal e qual como desejaríamos;
A miséria humana é imposta ao próprio por pessoas, acontecimentos e factores externos;
Se uma coisa é perigosa ou terrível o indivíduo deverá preocupar-se terrivelmente com isso;
É mais fácil evitar do que enfrentar dificuldades de vida e responsabilidades pessoais;
O indivíduo necessita confiar nalguma coisa que seja forte e superior a si próprio;
O indivíduo deverá ser completamente competente, inteligente e bem sucedido em todos os aspectos possíveis;
Se um acontecimento passado nos afectou profundamente ele deverá continuar a afectar-nos indefinidamente;
O indivíduo deverá ter um controlo certo e perfeito sobre todas as coisas e acontecimentos;
A felicidade humana pode ser conseguida através da inércia e da inacção;
O indivíduo não possui controlo sobre as suas emoções e não pode evitar sentir-se desse modo.
Talvez nos identifiquemos com algumas destas crenças. Qual a sua origem? Que emoções nos fazem sentir? Quando surgem? O que posso fazer para ultrapassá-las de forma sadia?
Torna-se necessário reflectir sobre elas, esmiuçá-las e perceber porque estão lá. Depois, substituí-las por crenças racionais e que nos proporcionem bem estar e segurança. Se for necessário pede-se ajuda a um proficional na área da psicologia.

Assim, torna-se necessário:
-Focar a atenção nas nossas forças, em vez das fraquezas;
-Construir e solidificar o melhor que a vida oferece, em vez de reparar constantemente o pior; e
-Preocupar em promover em nós a forma mais proveitosa de viver a vida.


Estas são as bases da Psicologia Positiva, que pretente optimizar os recursos que temos dentro de nós mesmos para ultrapassar de forma consciente e positiva os momentos menos bons que todos passamos na vida.

Então, se “a genética não é um destino, não determina o que você vai ser. Ela oferece predisposições. Todos estão sujeitos a influências ambientais que podem, sim, mudar a expressão dos genes e fazer com que eles simplesmente não se manifestem”, como diz André Ramos, director do Laboratório de Genética do Comportamento da Universidade Federal de Santa Catarina, a mudança do nosso eu passa a ser possível através de uma mudança cognitiva.

Podemos, então, passar a ter atitudes e, consequentemente, comportamentos e emoções mais positivas.

As emoções positivas podem ser consideradas como factores de protecção e construção de recursos pessoais, desde os recursos físicos e intelectuais, até aos recursos sociais. As pessoas que sentem regularmente emoções positivas são, de alguma forma, erguidas numa espiral ascendente de contínuo crescimento e realização. Elas tornam-se mais úteis aos outros e podem transformar as comunidades em organizações sociais mais coesas e harmoniosas, e de moral mais elevado.
Mais uma vez estejamos atentos ao seguinte vídeo.

http://www.youtube.com/watch?v=FAe_bZGqU1g

Emocionante. Como uma atitute simples da parte de uma criança gerou tão grande mudança na forma como os outros viam o acontecimento e acabou por gerar um comportamento positivo em grande escala e todos sairam a ganhar.

Esta é a nossa capacidade de agir e interagir. O ser humano está ligado intimamente com tudo o que o rodeia. Podemos não mover montanhas, mas movemos troncos, movemos as nossas pernas, deslocamo-nos e isso torna-nos grandiosos.

O nosso comportamento é influenciado das mais diferentes formas, mas quando temos consciência de tudo o que referimos concluímos que ele é apenas fruto daquilo que nós quisermos.

E o que será que nós queremos?







quinta-feira, 11 de março de 2010

Zday2010


O ser humano é um ser social e que grande parte das atitudes e comportamentos que toma são provocados pela sua educação e as pelas pressões bio-sociais que são exercidas sobre o mesmo, pelo ambiente que o rodeia, esta é uma das bases que sustenta as ideologias apresentadas pelo movimento Zeitgeist (www.thezeitgeistmovement.com) e pelo The Venus Project (http://www.thevenusproject.com).


Nos próximo dias 13 e 14 de Março, nos Maus Hábitos este movimento realizará um ciclo de palestras sobre estes e outros temas, contando com a presença do Saber & Sorrir, através de uma palestra realizada pela Dr.ª Maíra Diniz com o tema: “Comportamento humano: natureza Vs. educação”.



Venha partilhar deste momento conosco e conheça este projecto.


Para mais informações: http://www.zdayporto2010.net16.net/

quarta-feira, 10 de março de 2010


O “Dia Internacional da Mulher” foi aprovado em 1910, numa conferência internacional de mulheres, na Dinamarca, por homenagem a um grupo de operárias queimadas em 1857 que ousaram reivindicar os seus direitos laborais.

Desde então, o movimento a favor da emancipação da mulher tem vindo a crescer, em todo o mundo, inclusive em Portugal.


Neste dia salienta-se a importância de reflectir. Reflectir sobre o papel e condição da mulher na sociedade actual. É crucial entender todo o significado desta simbologia.




O desafio deste dia é lançar um olhar analista a respeito do “que é ser mulher”; “do que é ser cidadão”; “do que é estar na condição humana”.

Distintas facetas são encontradas numa simples palavra: Mulher.


Mulher – Mãe; Esposa;Trabalhadora; Doméstica; Sensual; Sexual; Artista; Companheira; Amiga; Violenta; Toxicodependente; Assassina… Mas sempre uma Super-mulher, da qual se espera o melhor desempenho em todos os papeis da sua vida.


No entanto, no fundo, ela é tudo o que pode caracterizar uma pessoa e/ou um comportamento humano, mas mais um pouco, porque existem características que são únicas da nossa condição de Mulher. Já pensou nelas hoje?

Aproveite então este dia para pensar em Si, centrar-se nas suas emoções e na sua beleza de modo a encontrar um equilibrío na sua forma de ser e estar. Neste, ou noutro dia, usufrua do direito de relaxar, de meditar, de orar, mas também de se pintar, de perder horas no cabelereiro, de comprar uma peça de roupa nova.

Somos seres integrais e devemos sentir-nos bem em todos os aspectos da nossa vida. Não mostrando aos outros que estamos bem, mas fazendo-os sentir que este bem-estar é real e palpável no nosso íntimo e que temos capacidade de resiliência para ultrapassar qualquer situação menos positiva de cabeça erguida e certas de que tudo passará.


Seja quem quiser, mas em consciência.

Seja como quiser, mas reflicta primeiro.


Mais do que uma comercialização deste dia, vivamo-lo sempre, não esquecendo de que há quem não o viva nunca.


Mais do que uma festa especial, vivamos este marco na sua verdadeira essência.

Porque assim, conquistamos todos os dias, o Dia da Mulher! O momento de sermos felizes!

Parabéns!

segunda-feira, 1 de março de 2010

2ª edição do Workshop despertou muitos sorrisos e superou o mau tempo!

A segunda edição do Workshop O Ser, o Saber e o Sorrir – Passos para o Optimismo, aconteceu a 28 Fevereiro de 2010, no Hotel Ibis Porto São João.

Mantemos os objectivos propostos na primeira edição, em Chaves, através de dinâmicas vivenciais:

-Auxiliar o crescimento pessoal e social dos participantes;
-Contribuir para o desenvolvimento de uma atitude reflexiva, activa e crítica da realidade;
-Procurar a integração dos vários domínios do saber;
-Orientar competências e educar emoções.






Além das expectativas habituais, que antecedem um qualquer evento deste porte, acrescentamos a expectativa da participação dos formandos visto que todos temos sentido as condições meteorológicas adversas dos últimos dias.


Mas as expectativas e receios foram se dissipando na entrega total entre formandos e formadores, conquistando a interacção, a partilha, a introspecção, o sorriso.





Cada ser humano partilha-se, na sua essência. Questões, percepções e sentimentos que nos unem, que nos fortalecem num objectivo comum: a busca do Bem-Estar.


Então, de um percurso inicial de perguntas essenciais, como “Quem sou?”, seguimos por caminhos de conhecimento do que é ser pessimista e optimista e culminamos numa forma tão simples que parece mágica: a prática de sorrisos, a vivência de brincadeiras, animação, relaxamento, paz, e equilíbrio.


Saldo final? Muito positivo!!!





O bem-estar no desfecho de toda esta sequência é quase inexplicável. É intensamente sentida, garantidamente!


Esperamos que, noutra oportunidade (quem ainda não a teve), possa sentir tudo isto!!!


Obrigada a todos! Com muitos sorrisos.


A Equipa Saber e Sorrir