Nos dias agitados que enfrentamos observamos, a todo instante, as chamadas de atenção a respeito da necessidade de cuidarmos de nós, de nossa saúde física e emocional. Essa preocupação e interesse com o bem-estar surge como uma reacção à vida corrida, repleta de situações stressantes e ameaçada pela violência. Vivemos em tempos de globalização, desenvolvimento acelerado de tecnologias onde predomina a exigência em sermos “super- profissionais”, cada vez mais especializados e, ao mesmo tempo, generalistas, capazes de dar conta de tudo.
De acordo com as pesquisas nas áreas da medicina e psicologia o facto de vivermos neste mundo, repleto de mudanças aceleradas, sem elementos saudáveis de enfrentamento, nos torna indivíduos infelizes, depressivos e enfermos.
Vários são os apelos à busca do equilíbrio. As campanhas para que as pessoas procurem o médico, controlem o colesterol, tenham atenção ao cancro, aos níveis de açúcar (entre outras milhares de campanhas) aliadas aos incentivos à prática do desporto, da dança, da meditação. A preocupação com a alimentação e com a procura crescente por alimentos mais saudáveis e mais naturais torna-se evidente.
Todas estas acções são necessárias e benéficas aliadas ao cuidado de um dos factores primordiais neste sistema chamado
“Nós, os seres humanos”: os factores psicológicos e a emoção.
É necessário cuidar do corpo mas, também, percebermos a forma como pensamos sobre a vida e sobre nós mesmos, como sentimos e interpretamos o mundo, quais as emoções desencadeadas para que conquistemos uma saúde e equilíbrio integral.
Os meios de comunicação divulgam cada vez mais as descobertas (umas recentes e outras já bem antigas!!) da importância das emoções e do pensamento (interpretação da realidade) para a conquista do bem-estar individual.
Duas revistas (Vida Saudável e Visão – Janeiro/2010) apresentaram artigos com o tema
“Optimismo” e suas relações com a melhor qualidade de vida e a conquista da felicidade. De acordo com Martin E. P Seligman (2005), a maneira como pensamos sobre os vastos domínios da vida pode ampliar ou limitar o controle que temos sobre ela. Nossos pensamentos não são meramente reações aos acontecimentos; eles modificam o que sucede. Estudando há mais de 30 anos as várias formas de interpretação do mundo pelo ser humano, Seligmam chegou à duas maneiras mais significativas:
os optimistas e os pessimistas.
Em linhas gerais e de forma breve pode-se dizer que uma característica definidora dos
pessimistas é sua tendência a acreditar que as vicissitudes são irremovíveis, que minam insidiosamente todas as suas actividades e que são, eles próprios, os únicos responsáveis por elas. Já os
optimistas, sujeitos às mesmas dificuldades, encaram o infortúnio de maneira oposta. Acreditam geralmente que um insucesso é apenas um contratempo passageiro, que as causas se restringem ao caso em questão. Os reveses não abalam sua estrutura; ou seja, confrontados com uma situação adversa, enfrentam-na como um desafio a ser vencido com redobrado empenho.
Essas duas maneiras de interpretar as causas da infelicidade têm conseqüências distintas. Literalmente, centenas de estudos demonstram que os pessimistas desistem com mais facilidade e ficam deprimidos com mais freqüência. Já os optimistas, ao contrário, são persistentes, possuem melhores hábitos de saúde e melhor funcionamento do sistema imunológico e podem ter maior longevidade. Seligmam complementa que
“a maneira como pensamos, especialmente quando se trata de saúde,modifica nossa saúde”.
Quer saber mais sobre o assunto? Venha participar connosco do workshop – Passos para o Optimismo – O Ser, O saber e o Sorrir! Veja no link: http://www.saberesorrir.com/programa/
Seligmam, M.E.P (2005). Aprenda a ser optimista.