domingo, 23 de maio de 2010

Dr. Geraldo Oliveira – Médico Psiquiatra


Dr. Geraldo Oliveira, Psiquiatra com vasta experiência profissional em diversas casas de saúde mental e clínicas psiquiatricas é o convidado para os Saberes em Conversa desta semana. Vamos usufruir da sua experiência?

1- Recentemente estudos indicaram que Portugal é um dos países da Europa com maior número de pessoas em tratamento de saúde mental. Por que índices tão altos?

Eu penso que para além das patologias clássicas da psiquiatria (esquizofrenias, doenças maníaco-depressivas,hoje bipolares, demências, alcoolismo e neuroses), outros desequilíbrios emocionais surgem com a evolução do mundo contemporáneo e da sua solicitação: é tudo muito rápido e mediatizado. É tudo pra ontem! Daí que quem não tem boa estrutura psicológica vai abaixo. É o fenomeno da adicção de drogas, distúrbios alimentares (bulimia, anorexia), depressões (distúrbios emocionais) e, obviamente, com o aumento da esperança de vida, as demências devido a degeneração do Sistema Nervoso Central. Isto é um fenómeno de todos os paises ocidentais desenvolvidos ou em desenvolvimento e não só um fenómeno de Portugal, ok?

2- O Sistema Nacional de Saúde permite que os médicos de família prescrevam antidepressivos e calmantes quase que indiscriminadamente. O Dr. Geraldo acha que isto é suficiente para a melhoria dos estados depressivos, ansiosos ou outros estados psicopatológicos e a conquista do equilíbrio e bem-estar?

É mais fácil dar calmantes e anti-depressivos (que às vezes também são importantes) e mais rápido do que conversar com as pessoas e aliviar-lhes a sua angústia existencial. Isto nem precisa ser um trabalho diferenciado do psiquiatra, ou psicólogo clínico. É ter tempo para as pessoas. Mas os médicos de família não tem tempo pra isto. Daí o uso mais indiscriminado destes medicamentos. Mas, olhem, os Serviços de Psiquiatria já vão no mesmo caminho, pelo excesso de doentes. Já não há tempo pra conversas. É incrível, né? É o Sistema que está mau. Acho que o problema é psicoeducacional (educação familiar, social e escolar) e as pessoas deveriam ser mais espitualizadas e ter uma melhor estrutura emocial para enfrentar melhor as situações adversas, e assim poupavam os médicos de famílias, e também cresciam como pessoas. Não sei como fazer isto, as pessoas deveriam se reunir para discutir como fazer isto : psicólogos, terapeutas, pedagogos, pais, enfim pessoas importantes na sociedade.

3- A psiquiatria é ainda vista como a medicina para os loucos. Vamos desmistificar esta questão: em que sentido a psiquiatria pode colaborar para um melhor desenvolvimento pessoal e uma vida emocional mais saudável?

Aqui temos um problema grave. Do meu ponto de vista ético e económico de quem trabalha para o Serviço Nacional de Saúde que exigem cada vez números maiores de consultas em detrimento da qualidade (ou seja é a lei do “despachar”) e quem trabalha no seu consultório privado que tem mais tempo para o seu doente (claro o doente está pagar e, às vezes muito bem) e o profissional vai usar estratégias psicoterapéuticas variadas, visando sempre um melhor bem estar do paciente. Numa perspectiva mais romântica, se se deixasse de lado o problema económico, os psiquiatras, ou terapeutas ligados a saúde mental, poderiam dar mais qualidade de vida aos seus paciente, penso eu.

4- De sua experiência pessoal e profissional o que falta ao homem para ser feliz?

O bem supremo, o soberano bem é a felicidade, é a serenidade, é saber dominar as nossas paixões para verdadeiramente sermos livres. É desenvolver a virtude intelectual (teórica e prática para ser-se sábio) e a virtude de carácter, a bondade, a generosidade, a tolerância, o altruísmo, a solidariedade. É fácil, não é? Isto é base filosófica de toda religião.

Dá um abraço?

Quer um abraço?


Recebemos um e-mail indicando que dia 22 de Maio é o Dia do Abraço. Sendo verdadeiro ou não, resolvemos falar um pouco sobre este poderoso instrumento universal de conexão entre as pessoas, capaz de dar significado a alguns sentimentos aos quais a palavra, muita das vezes, não consegue significar.


Um abraço pode denotar muitas coisas, no entanto, está intrínseco a este acto a manifestação de carinho, de afecto e de sentimentos, a partilha de emoções, a demonstração de apoio e protecção.
O abraço não é exclusivo dos seres humanos. Os animais abraçam-se devido a um comportamento instintivo de protecção e carinho. Os seres humanos possuem a base instintiva do comportamento de abraçar, entretanto, conseguem atribuir significados múltiplos ao abraço devido às suas capacidades de raciocínio e de memória das emoções.


O abraço significa ligação e uma das primeiras ligações dos indivíduos é com a mãe. Estudos indicam que a oxitocina (hormona da “ligação e do amor” e que possui um papel importante nas emoções sociais, sendo também um bloqueador das hormonas que produzem stress) existe para a criação de laços maternais de confiança, laços de amizade e até para a atracção física.


Investigações na Universidade da Carolina do Norte têm demonstrado que abraçar aumenta os níveis de oxitocina (1):
-Mulheres e homens mostraram níveis mais altos de oxitocina após abraçar;
-Pessoas em relações amorosas apresentaram níveis maiores desta hormona;
-O abraço de um ente querido reduziu, num grupo de mulheres, os níveis de cortisol bem como produziu efeitos cardioprotetores diminuindo a pressão sanguínea e a frequência cardíaca. (Nota: o cortisol é uma hormona que aumenta a pressão sanguínea, o açúcar no sangue e prejudica o sistema imunitário);
-Bebés que não possuem contacto físico frequente com seus pais apresentam problemas comportamentais mais tarde com a família e grupo social.


Concluiu-se, então, que o abraço é bom para a saúde pois ajuda a restabelecer o equilíbrio psicofisiológico diante dos mais variados agentes stressores actuais, causa um aumento substancial do comportamento confiante já que, o contacto físico, cria uma ligação saudável entre as pessoas e promove o bem-estar.


Um abraço é tão bom!!! É através deste gesto que emoções, sentimentos e ideais são materializados. Abraçar faz com que tenhamos uma atitude mais positiva diante da vida e dá-nos a sensação de aconchego, de amparo e de protecção tornando-se um poderoso antídoto contra a depressão.
Não podemos nos esquecer de que um sorriso também nasce de um abraço!!!
Vejam este filme e abracem a quem lhes apetecer e anote os efeitos e resultados em sua vida. Depois venham partilhar connosco!

Estão preparados para este exercício tão agradável?


Nós estamos!!! Enviamos então o nosso abraço!!!!

(1) Fonte: http://www.institutodafelicidade.org

terça-feira, 18 de maio de 2010

Bandolins - Oswaldo Montenegro

Gosto desta música desde a adolescência... ah...... a música que acompanha, a música que solta a nossa voz, que fala por nós... ah a música...........

Sorrisos felizes em Braga

Realizou-se no dia 16 de Maio de 2010 mais um workshop O Ser, o Saber e o Sorrir – Passos para o optimismo, desta vez em Braga, na Junta de Freguesia de S. Victor.

Se o sol brindava-nos com um belo dia, a energia do grupo aquecia as nossas emoções e fomentava a partilha de experiências e conhecimentos. Pois, se estamos sempre dispostos a 1001 actividades, a gastos incontáveis em objectos desnecessários que se amontoam em nossas casas e não nos trazem o bem estar esperado, é tempo de investirmos em nós mesmos! O autoconhecimento, o desenvolvimento da autoestima e do optimismo são os elementos básicos para o encontro da felicidade, como afirmou um dos formandos:


 
Obrigada pela oportunidade que me deram de acrescentar mais alguns “passos” para me conhecer melhor e enteder a minha postura de vida. Acreditem que vou continuar a sorrir cada vez mais. (…)


 
Diz Saint-Exupéry: Um único evento pode despertar em nós um estranho totalmente desconhecido, então, depois do trabalho realizado, todos descobriram algo maravilhoso sobre si que desconheciam e exteriorizaram esse bem-estar através do riso.

A todos aqueles que estiveram conosco neste agradável investimento pessoal, o nossso muito obrigado.

Um sorriso especial aos colaboradores indirectos que contribuíram para a realização deste evento: Dr. Firmino Marques, Sr. Alberto Moreira e o querido amigo Marciano Silva.


Nutrição Activa: Aceita o desafio?

Mafalda Faria (à esquerda) e Tânia Magalhães (mais a baixo, à direita) são duas nutricionistas que trabalham no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários há cerca de 10 anos. As suas principais actividades prendem-se com a consulta individual de nutrição (no ambulatório e no domicílio) e trabalho comunitário dirigido a crianças e à população em geral. Estas nutricionistas integram equipas multidisciplinares e promovem a saúde das populações através da disseminação dos conceitos de alimentação saudável, integrados num todo de estilo de vida saudável. Desenvolvem trabalho ao nível das escolas, em parceria com juntas de freguesia, lares e centros de dia e todas as instituições da comunidade que recorram aos seus serviços.

Recentemente desenvolveram o projecto Nutrição Activa.

 
1- Em que é que consiste o Projecto Nutrição Activa?
O projecto Nutrição Activa, desenvolvido pelas nutricionistas Mafalda Faria e Tânia Magalhães, surge da necessidade de disseminar actividades com enfoque na (RE)Educação Alimentar. Individualmente ou em contexto de grupo, o objectivo da Nutrição Activa é fornecer as estratégias imprescindíveis para uma saudável selecção de alimentos a consumir ao longo do dia, um doseamento correcto das quantidades de alimentos a consumir em refeições estruturadas e saber fazer as substituições entre famílias de alimentos. Tudo isto para que a alimentação do dia-a-dia seja equilibrada, sem ser monótona, e permita aumentar a aporte nutricional a cada indivíduo. A médio prazo espera-se que a pessoa tenha uma nova visão sobre alimentação e que esta se traduza na aquisição de novos hábitos alimentares.

As actividades da Nutrição Activa abrangem as áreas da Nutrição Clínica, Promoção da Alimentação Saudável e Higiene e Segurança Alimentar.

A missão da Nutrição Activa é garantir aos seus clientes a qualidade na prestação de serviços técnicos e especializados na área da nutrição, de forma contínua e progressiva, visando sempre o bem-estar mental e corporal de cada um.
2- De que forma a alimentação pode contribuir para o bem-estar e equilíbrio do corpo?

Uma alimentação saudável contribui para o bem-estar do organismo por fornecer o conjunto de nutrientes necessários ao seu pleno funcionamento. Emílio Peres, considerado o “pai” dos nutricionistas em Portugal, via a alimentação como o factor ambiental que mais interfere na saúde e na duração de vida. “O bem-estar proporcionado por uma alimentação resulta do equilíbrio balanceado entre os alimentos que se consomem, a sua qualidade higiénica e nutricional, bem como do ambiente emocional das próprias refeições”.

3- E em que é que se traduz uma alimentação saudável?

A noção de alimentação saudável, além da componente nutricional, tem subjacentes conceitos de foro cultural, principalmente no que diz respeito à escolha de alimentos. Em Portugal, uma forma simples, prática e fácil de interpretar as noções de uma alimentação saudável é através da Roda dos Alimentos (http://static.publico.clix.pt/docs/pesoemedida/Panfleto_Roda_Alimentos.pdf). A Roda dos Alimentos é um guia que apresenta alimentos saudáveis de consumo corrente em Portugal e transmite as seguintes orientações:

Alimentação completa – aquele em que, diariamente se consome alimentos de cada grupo e se bebe água;

Alimentação equilibrada – significa comer maior quantidade de alimentos pertencentes aos grupos de maior dimensão e menor quantidade dos que se encontram nos grupos de menor dimensão, de forma a ingerir o número de porções recomendado;

Alimentação variada – traduz-se em comer alimentos diferentes dentro de cada grupo variando diariamente, semanalmente e nas diferentes épocas do ano.

Através do consumo desta combinação de alimentos traduzida pela Roda dos Alimentos conseguimos obter um conjunto equilibrado de variados nutrientes que cumprem uma ou mais funções específicas no nosso organismo. Por outro lado, o organismo sofre quando lhe faltam determinados nutrientes ou quando estes são fornecidos em excesso. As diversas carências de vitaminas são exemplos de défice e a obesidade pode exemplificar o excesso de fornecimento de nutrientes ao organismo. Ambas as situações traduzem desequilíbrio.

4- A Alimentação pode ter impacto na saúde mental do indivíduo?

A Alimentação tem impacto em todo o organismo de um indivíduo. Assim, a qualidade nutritiva do que se consome tem reflexo na saúde do cérebro.
Por outro lado, a obesidade está identificada como um factor de risco da depressão, bem como a própria depressão é um factor preditivo do desenvolvimento da obesidade. Havendo aqui uma relação bidireccional, a manutenção de um peso saudável, através de um estilo de vida saudável, revela-se fundamental.
O carácter epidémico da depressão tem levado ao estudo de determinantes alimentares com contributo na origem das doenças mentais. Considerando que tudo o que compõe o cérebro vem da nossa alimentação e que o cérebro humano é composto por cerca de 60% de gordura, o estudo dos ácidos gordos como determinantes da integridade e capacidade de funcionamento do cérebro tem vindo a desenvolver-se ao longo dos anos. Uma alteração clara na alimentação da população mundial tem sido a diminuição do consumo de alimentos ricos em ácidos gordos da série n3 (como por exemplo peixes gordos – sardinha, carapau, cavala, atum, salmão, perca, corvina – e frutos oleaginosos – nozes, amêndoas, avelãs) e aumento de consumo de alimentos ricos em ácidos saturados (gordura da carne de vaca salsichas, alheiras, chouriços, morcelas, fritos resultantes da utilização de óleo de palma, óleo de coco), trans (snacks, bolachas, tostas) e da série n6 (óleos de amendoim, soja, girassol, milho). Estes ácidos gordos têm acções diferentes ano desenvolvimento e funcionamento do cérebro. Há já estudos que demonstram uma associação positiva entre o consumo dos alimentos ricos em ácidos gordos da série n3 e o desenvolvimento cerebral pré-natal e durante a infância, bem como o desenvolvimento de diferentes estados de humor.
Foi recentemente publicado um estudo australiano que avaliou a associação entre a qualidade da alimentação e a incidência de depressão na adolescência – período em que é comum observar o desencadear de doença psiquiátrica e depressão. Os resultados deste estudo demonstram que essa associação existe e é independente das influências socioeconómicas, familiares e outros possíveis factores confundidores. Os resultados de um estudo semelhante, realizado em adultos americanos de baixos recursos económicos, foram publicados estes mês, indicando uma associação significativa entre a qualidade da alimentação, de acordo com uma escala de alimentação saudável, e a sintomatologia depressiva. Neste estudo, os indivíduos com uma escala de alimentação mais saudável reportaram menos sintomas de depressão.

 
5- Estão já identificados alimentos específicos para serem consumidos por pessoas depressivas ou em estados de ansiedade?

 
O contrário sim, isto é, há estudos que demonstram que diferentes estados de ansiedade influenciam aquilo que se escolhe para comer. Por exemplo, estados de depressão foram recentemente associados a maior consumo de chocolate. Ainda não se sabe bem o mecanismo pelo qual actua, mas pensa-se que alguns componentes do chocolate estarão associados à sensação de recompensa e aumento da motivação.

Por outro lado, não há evidência científica clara que associe o consumo de açúcar e a diminuição do défice de atenção, demência ou depressão.

Já salientamos que o consumo alimentos ricos em ácidos gordos da série n3 (como por exemplo peixes gordos – sardinha, carapau, cavala, atum, salmão, perca, corvina – e frutos oleaginosos – nozes, amêndoas, avelãs) no desenvolvimento de diferentes estados de humor.

Vários outros estudos tentam identificar alimentos que diminuam o risco dos estados depressivos ou ansiosos.
Um estudo Finlandês avaliou o risco de depressão severa, em homens de meia-idade, e a sua associação com o consumo de café, chá e cafeína. Neste trabalho, identificou-se o café como um potencial factor de diminuição do risco de ocorrência de depressão. Os resultados para o consumo de chá e da cafeína, isoladamente, não foram conclusivos.

O nível de folatos (nutriente presente em vegetais de cor verde escura, como brócolos, espinafres, couve galega, penca, entre outros) está identificado como um factor nutricional com potencial para diminuir a ocorrência de depressão na fase final da vida do indivíduo.
Também em algumas especiarias, como o açafrão da Índia e o caril, e fontes alimentares de vitamina D (presente no fígado de peixe, peixes gordos, cogumelos e o sol) estão identificadas substâncias que actuam na diminuição de défice cognitivo.
No entanto, são ainda necessários mais estudos longitudinais que avaliem o potencial dos determinantes alimentares para prevenir a depressão

 
6- Na sua experiência pessoal e profissional o que falta para o ser humano ser feliz?

Bom, nesta questão tentarei inicialmente separar a minha experiência pessoal da minha experiência profissional e, no final da minha resposta, procurarei cozinhar estes dois ingredientes juntos.
Pessoalmente, considero que todo o ser humano tem em si todo o potencial para viver momentos de felicidade. A questão é descobri-lo e manter-se em contacto com a nossa fonte de felicidade interior. Está em todos nós! Todos podemos (e devemos!) aproveitar diariamente os bons momentos de cada dia que vivemos. E, é verdade! Todos os dias vivemos momentos bons e felizes. No último ano iniciei um exercício no final do dia. Ao deitar-me registo 5 momentos felizes do meu dia. Encontro sempre e às vezes até ultrapasso os 5! Outros dias repito um bom momento para o saborear a dobrar de modo a que ele possa valer por mais! Bom, mas isto é um ponto de vista muito pessoal! Acredito que cada um deve descobrir o seu caminho para saborear momentos felizes em cada dia!!
Do ponto de vista profissional, acredito que o ser humano será mais feliz quando estiver disponível para a mudança. Como nutricionistas recebemos muitas pessoas que desejam ter menos peso do que aquele que têm, desejam uma imagem corporal diferente, mais atractiva, adelgaçada, mais atlética até. No entanto, é quase um paradoxo perceber que as pessoas estão disponíveis a dar muito pouco delas mesmas para conseguir os seus resultados. Querem tudo para “ontem”, de forma rápida e se houver uma “pílula milagrosa” que as faça atingir o peso e imagem corporal desejadas tanto melhor! É urgente que as pessoas percebam que para serem felizes as mudanças devem começar nelas próprias e se querem ter menos peso têm de aprender a comer para conseguirem o peso que desejam atingir e manter, se pretendem uma figura adelgaçada têm que fazer exercício físico. É certo que alguns indivíduos têm uma genética favorecedora, mas até esses podem ter um momento na vida a partir do qual o metabolismo muda e a alimentação deve acompanhar essa mudança. É necessária disponibilidade individual para atingir os objectivos pretendidos. Como nutricionistas estamos cá para ajudar, através de informação, da identificação de pequenos obstáculos que possam surgir, das estratégias para os ultrapassar, mas é fundamental que se compreenda que o caminho tem de ser feito por cada um.
E, desta forma, talvez consiga juntar os ingredientes dos meus pontos de vista pessoal e profissional num cozinhado que contribua para nutrir a felicidade do ser humano: uma boa dose do potencial de cada indivíduo, outra porção do momentos diários de felicidade e quilogramas de vontade para mudar na direcção do caminho que nos leva à concretização dos nossos objectivos. Mistura-se tudo, leva-se a lume brando diariamente, acrescentam-se sorrisos e sairá muita felicidade para cada um de nós! Bem-haja!

Rir faz bem ao coração!

No dia 11 de Maio, as psicólogas Eveline Cunha e Maíra Diniz, participaram da III Semana de Cardiopneumologia promovida pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto (ESTSP), actualmente localizado em Vila Nova de Gaia, liderando uma sessão temática de Yoga do Riso - Dos 80 aos bebés – o sorriso ao longo da vida.

Estavam reunidas mais de 30 pessoas, entre elas, estudantes e professores.

Foi um momento muito gratificante e cheio de gargalhadas!!! A maior parte dos participantes não conhecia o Yoga do Riso e foram muitos os relatos de que a sessão “superou as expectativas”.
Muito bem, muito bem, yeahhh!!!

(Esta é a comemoração no Yoga do riso quando algo corre muito bem!)

Agradecemos o convite e parabenizamos a Escola Superior de Tecnologia da Saúde por humanizar o ensino e por preparar os futuros profissionais para utilizarem um dos mais eficazes recursos: o sorriso!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

APAIXONADOS POR TRABALHO OU WORKLOVERS

Fonte: http://elisbsdias.blogspot.com/

Você gosta do seu trabalho? Gosta mesmo? Muito? É apaixonado pelo que faz? Faz seu trabalho com amor? Sabia que pode ser considerado um WORKLOVER?

O termo worklover surgiu após pesquisas que vêm sendo realizadas desde 1981 na Universidade de Brasília (UNB) sob a coordenação do Professor Wanderley Codo que é coordenador do Departamento de Psicologia Social da UNB. A base do estudo é a relação Trabalho Vs Prazer.
O estudo concluiu que existem pessoas que trabalham porque gostam o que é bem é diferente do WORKAHOLIC. Claro que muitos podem alegar que todos temos que trabalhar, precisamos de dinheiro, pagar nossas contas. O que está se tratando aqui, é algo que vai além do dinheiro, é puro prazer, satisfação mesmo com o que faz.

O termo workaholic tem origem norte americana e surgiu na década de 90 nos Estados Unidos e vem de alcoólatra (alcoholic) e significa alguém viciado em trabalho.

O workaholic é alguém que trabalha para fugir da sua própria vida e se vicia no trabalho. Se vicia porque outros aspectos de sua vida como família ou relacionamentos pessoais são fontes de angústia. A pessoa viciada em trabalho foge de uma realidade que não deseja enfrentar. Muitas vezes não tem amigos, namorado, ou se os tem não se relaciona de maneira satisfatória.

Para algumas pessoas trabalhar é muito prazeroso e vai muito além do salário. A realização profissional contribui com outros aspectos de sua vida, segundo o Professor Wanderley Codo ” Estar satisfeito com o que faz é uma das maneiras essenciais de um ser humano adulto ser saudável, já que o trabalho certamente tem influência sobre a saúde mental”.

Em funções altamente repetitivas onde o indivíduo não sabe o porque está fazendo aquele trabalho, a atividade gera sofrimento e angústia.

Me lembro de uma estória que é a maior expressão do que é dar significado ao seu trabalho por mais simples que seja.

Um senhor aproximou-se de uma construção e perguntou a um trabalhador: – O que você está fazendo? – estou colocando um tijolo em cima do outro, respondeu o rapaz. Descontente com a resposta, o senhor perguntou a outro: E você, o que está fazendo? Estou construindo uma parede, respondeu o segundo trabalhador. Ainda insatisfeito, o senhor perguntou a um terceiro operário: – E você o que está fazendo? – Ah, estamos construindo uma catedral, respondeu alegremente.

Para algumas profissões como artistas, professores, vendedores, entre outras, é mais fácil ver significado, pois a pessoa tem consciência do que faz, porque faz, e é mais comum os casos de worklovers, mas nada que impeça alguém de uma outra profissão não tão intelectualizada de ser apaixonada pelo que faz.

Ao escrever este post me lembrei de um caso brasileiro, o gari Renato Sorriso, que sempre aparece nos finais de desfile de Carnaval no Rio de Janeiro. Ele já foi convidado a falar sobre motivação em grandes empresas brasileiras, já participou de comerciais, esteve na Europa e diz com muito sorriso e satisfação, que ama o que faz e é muito feliz com sua profissão, um autêntico WORKLOVER.

E você ama o que faz?





Elisângela Dias

Dia do Silêncio: experiência gratificante!



O Dia do Silêncio comemorado no dia 7 de maio de 2010 sob a orientação da Psicóloga Angela Escada foi um momento de intensa reflexão construtiva a respeito daquilo que desejamos silenciar.


Ao longo do dia, usufruímos de algumas técnicas de relaxamento que permitiu minimizar o “barulho” exterior e interior a fim de identificarmos aquilo que, realmente, necessitamos modificar emnós, em nossas acções e condutas e em nosso ambiente. Feito este exercício de reflexão cada um traçou o seu objectivo de trabalho interior.

Leia este texto elaborado pela psicóloga Angela Escada, pense e descubra o que você precisa silenciar.

Escolha o que você quer silenciar….
Silencie o luxo e ouvirá a SIMPLICIDADE….. a arrogância e ouvirá a humildade.
Silencie a crítica e ouvirá a ACEITAÇÃO…… o materialismo e ouvirá a ESPIRITUALIDADE.
Silencie a alma e ouvirá o coração….. os ouvidos, e ouvirá os verdadeiros pensamentos.
Silencie a boca, e ouvirá o que tem dito as atitudes….. o desânimo, e ouvirá o som da alegria.
Silencie a realidade, e ouça o que dizem os sonhos…. a preguiça, e ouvirá falar do sucesso.
Silencie o orgulho, e ouvirá a paz…… as mãos, e ouvirá as verdadeiras emoções.
Silencie o ódio e ouvirá o que diz o amor….. a competição e ouvirá a colaboração.
Silencie o individual e ouvirá o colectivo….. a solidão, e ouvirá o som das pessoas que amam.
Silencie a incredulidade e ouvirá sobre os feitos da fé….. a TV, e ouça o que diz um bom livro.
Silencie a ignorância e saberá o que diz a sabedoria.


Agradecemos o convite e ficamos muito felizes em partilhar este dia tão proveitoso para o nosso crescimento pessoal.

Saiba mais em: http://angelaescada.blogspot.com/

quinta-feira, 6 de maio de 2010

ATENÇÃO: ALTERAÇÃO DE DATA POR UM BOM MOTIVO!


Caros amigos,

Vimos por este meio pedir desculpas, mas a data do workshop O Ser, o Saber e o Sorrir – Passos para o optimismo, em Braga, foi alterada

O motivo: uma caminhada por alguém que precisa de apoio: o Mário (saiba mais no link abaixo).
Então, passaremos do dia 9 para o dia 16 de Maio.

Não perca a oportunidade e clique aqui para fazer a sua inscrição, ainda temos alguns lugares disponiveis. www.saberesorrir.com

Sobre o Mário saiba mais em:
http://vamosajudaromario.blogspot.com/

quarta-feira, 5 de maio de 2010

7 de Maio: Dia do silêncio! Participe!


A Dr.ª Angela Escada, psicóloga, escritora, formadora, ser humano belíssimo e nossa amiga, vai comemorar o Dia do Silêncio. Incrível não é???

Já paramos um minuto em silêncio para ouvir a nossa voz interior?



Repassamos o convite aqui no site na certeza de nos encontrarmos todos neste dia especial!!

Por: Angela Escada.

Olá, no dia 7 de Maio é o dia do silêncio.
Silêncio exterior para ouvir a voz interior.
Estarei das 9hs da manhã até as 9hs da noite, recebendo as pessoas que desejem ter um momento especial para o seu silêncio.
O convite é extensivo a todas as pessoas de qualquer idade, raça, nacionalidade e localidade geográfica.
Como vai funcionar?
Seleccionei algumas técnicas e vamos desfrutar delas ao longo do dia.
Você pode vir a hora que lhe for mais conveniente. Se já estivermos a fazer uma técnica, peço que aguarde um pouco para se integrar na próxima técnica.
Se desejar vir de manhã e voltar no final do dia, venha!!! Quanto mais silêncio… melhor!
Estarei disponível a partir da 9hs e as pessoas não precisam confirmar a presença por email porque consegui um espaço bem grande e por isto não há limitação de nº de pessoas. Temos 300m2 para o nosso silencio.
Peço apenas que tragam almofada ou manta para estar mais confortável.

A morada é na Rua Nova das Icas, 42 – r/c, Leça da Palmeira, é o mesmo prédio onde tenho o consultório, porém nesse dia ficaremos no R/C.
Farei uma breve pausa de 10min as 11.50hs outra pausa de 20min as 14.30hs, outra pausa de 10min as 17.15hs.
Usando o conceito do filme “favores em cadeia”, informe e convide os seus familiares, os amigos, os colegas de trabalho, os vizinhos, as pessoas que precisam de uma “pausa”.

Qualquer dúvida, angelaescada.blogspot.com

Um abraceijo silencioso, Angela Escada

Depoimento dos queridos amigos do riso sobre o Dia Mundial do Riso!!!!




“Hoje não foi só o Dia da Mãe (parabéns a toooodas as mães) … foi também o Dia Mundial do RIso! Ah pois é! O Riso também já tem Dia… e porque será? Talvez porque Rir seja importante para a Humanidade…mas isso agora não interessa. O que interessa é que estive esta tarde de Domingo umas duas horas a Rir… participei num maravilhoso encontro organizado pelo “Saber & Sorrir” , magistralmente orientado pelas psicólogas Eveline e Maira..na primeira parte foram usadas técnicas de Risoterapia…na segunda técnicas do Yoga do Riso. Excelente experiência… obrigado Eveline e Maíra.. obrigado grupo!”
Por: João Carvalhas

Madalena David
Boa meninas. Pena não ter estado.

Luísa Seixas
Ó… pra nós, todos felizes! A foto traduz bem o ambiente que se viveu… Fantástico!
Foi um privilégio ter comemorado o Dia Mundial do Riso no “Saber & Sorrir”! Este espaço do Porto prometeee…
Para quando o próximo encontro? )

Maria Helena Barradas
Muito bem! muito bem! oyeheheheheh!!! que pena não ter ido ao Porto.
Susana Cal
Yeeeeeeessssssss!!!!!!!! Foi mesmo lindoooooooooo!!!!!!! Obrigada Eveline e Maira, sem a v/ iniciativa nada disto teria sido possivel, vocês vão longe… continuem assim…
Adorei ter estado outra vez convosco manos do riso )))))
Ahahahahahahaahahaehheheheheeh

Eveline Carvalho Cunha
Pessoal nem sei como agradecer a vocês… na verdade foi o senso de solidariedade e o amor pelo riso que nos uniu… foi fantástico! Agradecemos os elogios e sabemos do potencial de cada um em brilhar e oferecer paz e sorrisos!!! Brilhem!!!! Beijo grande!

Maíra Diniz Com toda a emoção do momento, apenas posso agradecer a todas as maravilhosas pessoas que apareceram.
Nada se compara a um sorriso, mas nada é igual a uma gargalhada em conjunto.
Do pequeno Francisco (elemento mais novo) à Maria Teresa (elemento com mais experiência de vida): Uma gargalhada do fundo do coração.
Aos que não puderam comparecer juntem-se a nós e vejam o quanto o riso faz bem à saúde (física e emocional) e nos proporciona uma indescritível qualidade de vida.
A todos: SORRIAM E SEJAM FELIZES!!!

Dia do Trabalhador, lutar por organizações mais positivas!


Trabalho: Reconhecer, confiar, ser honesto (Fonte: Boas Noticias )



O trabalho precário aliado à pressão excessiva das entidades patronais formam um cocktail explosivo que pode conduzir a situações extremas, como os suicídios registados o ano passado na France Telecom. Porque trabalhadores felizes produzem mais e melhor importa sublinhar, neste 1º de maio, Dia do Trabalhador, como se pode garantir o bem-estar laboral. Reconhecimento, confiança e transparência são factores fundamentais para obter resultados positivos nas empresas, explica a economista Rita Campos e Cunha, especialista em organizações positivas, em entrevista ao Boas Notícias.
O que é, na perspectiva dos estudos que tem conduzido, uma “organização positiva”?


Nos estudos que Miguel Pina e Cunha, Arménio Rego e eu temos levado a cabo, as organizações positivas caracterizam-se por ter um ambiente em que as pessoas se sentem reconhecidas pelas suas contribuições, promovendo um sentimento de justiça.

A par com o reconhecimento, encontramos uma comunicação frequente e honesta, a acessibilidade das chefias que estabelecem interacções positivas com os membros das suas equipas, um clima de confiança e de lealdade entre as pessoas.

Finalmente, as organizações positivas possuem níveis elevados de transparência organizacional [...]. As chefias que encorporam estas qualidades têm a capacidade para absorver algumas emoções negativas como a frustração, o medo, o desânimo, que inevitavelmente surgem num ambiente de trabalho, e transmitem uma confiança que estimula a cooperação e o bem-estar.

Que influência pode ter a qualidade da vida profissional dos trabalhadores no sucesso das empresas?

É natural que tenha e há muitos estudos que o demonstram. Das características acima descritas decorre que as pessoas que trabalham em organizações positivas encontram um contexto que facilita o seu eficaz desempenho profissional. A comunicação clara e o feedback frequente faz aumentar o sentimento de auto-confiança, ou seja a noção de que consegue produzir resultados.

Estes colaboradores são mais persistentes, e estão mais dispostos a assumir objectivos mais difíceis. [...] Por isso, nestas organizações, é vulgar que as pessoas tenham elevados ritmos de trabalho. Tudo isto contribui para os resultados empresariais, já que as empresas são “humanas” e os seus resultados dependem da competência e da motivação dos colaboradores e das chefias.

E qual a influência do bem estar laboral na felicidade individual dos seus funcionários?

Os factores que mais contribuem para a felicidade são as relações afectivas (as amorosas, familiares e de amizade) e o trabalho. A felicidade é um sentimento de bem-estar subjectivo, que está intimamente ligado aos relacionamentos interpessoais positivos, que contribuem para o nosso desenvolvimento como pessoas e que nos dão um significado, um propósito de vida. Se pensarmos no tempo que o trabalho ocupa na nossa vida, e na sua centralidade, é óbvio que pode contribui para a nossa felicidade ou infelicidade.

Comparativamente a outros países ocidentais, consegue dizer se as empresas portuguesas estão mais perto ou mais longe de serem organizações positivas?

Como em todo o mundo, em Portugal há empresas positivas e outras que o não são. Todos os anos os estudos sobre “as melhores empresas para se trabalhar” o demonstram.

Recentemente, França foi noticia devido a uma série de suicídios que ocorreram na France Telecom. A esse propósito, o psiquiatra Christophe Dejours alertou para a necessidade de lutar contra as actuais condições de trabalho do mundo ocidental. Concorda com este alerta?

A precariedade contratual pode contribuir para que as pessoas sintam menor segurança psicológica no seu trabalho e portanto, menor satisfação. Muitas vezes os contratos precários estão associados a uma menor comunicação e ao tratamento menos respeitador do direito individual, ao desenvolvimento de competências e a funções com significado.

Há maneira de contornar as consequências negativas dos contratos precários?
Em mercados cada vez mais competitivos, as empresas necessitam de manter uma flexibilidade que os contratos permanentes não garantem com uma legislação laboral restritiva. Daí que haja um recurso crescente a contratos mais precários. No entanto, se esses colaboradores forem tratados com respeito e de forma a potenciar a sua empregabilidade futura, a precariedade pode não afectar de forma significativa a satisfação no trabalho.
E em Portugal?


Ainda recentemente fomos brutalmente alertados pelos suicídios de um jovem e de um professor, ambos aparentemente vítimas de situações de bullying nas escolas. Estas situações são terríveis. Quando pensamos na profundidade do sofrimento pessoal, para levar a este tipo de decisão tão radical, a conclusão a retirar é que algo muito mau se passa nalgumas escolas, em que a violência física e psicológica só pode ser, no mínimo, avassaladora. Estou certa que estas são situações de excepção, mas que nos fazem reflectir quanto à toxicidade dos relacionamentos entre pessoas.

Há profissões mais propensas a esse tipo de situações stressantes e violentas?

Haverá certamente sectores de actividade mais propensos a interacções negativas do que outros, quer pelos níveis de stress, pela competitividade interna que pode, por exemplo, ser induzida por certos sistemas de incentivos, quer pelas condições económicas e sociais (de pobreza) de algumas camadas da população.

Ultimamente o conceito de Felicidade Interna Bruta, inicialmente desenvolvido pelo Butão, tem vindo a ganhar adeptos. Concorda com os nove indicadores a que o FIB recorre para medir a felicidade das nações?

Concordo. Todos estes factores têm impacto naquilo que eu disse anteriormente. É fundamental que as pessoas tenham um equilíbrio entre o trabalho e a sua vida pessoal e, deste modo, possam manter relações afectivas, de amor e amizade, que são essenciais à felicidade, e relações de trabalho com significado, propósito e desenvolvimento do seu potencial.

Poderia a implementação do FIB, em Portugal, inverter estes resultados?

Julgo que esta inversão demorará bastante tempo a acontecer. Mas se este índice chamar a atenção dos nossos governantes (nacionais e locais) e líderes empresariais para algumas das dificuldades que os portugueses enfrentam diariamente, ajudará certamente.

p.m.


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