sexta-feira, 14 de maio de 2010

APAIXONADOS POR TRABALHO OU WORKLOVERS

Fonte: http://elisbsdias.blogspot.com/

Você gosta do seu trabalho? Gosta mesmo? Muito? É apaixonado pelo que faz? Faz seu trabalho com amor? Sabia que pode ser considerado um WORKLOVER?

O termo worklover surgiu após pesquisas que vêm sendo realizadas desde 1981 na Universidade de Brasília (UNB) sob a coordenação do Professor Wanderley Codo que é coordenador do Departamento de Psicologia Social da UNB. A base do estudo é a relação Trabalho Vs Prazer.
O estudo concluiu que existem pessoas que trabalham porque gostam o que é bem é diferente do WORKAHOLIC. Claro que muitos podem alegar que todos temos que trabalhar, precisamos de dinheiro, pagar nossas contas. O que está se tratando aqui, é algo que vai além do dinheiro, é puro prazer, satisfação mesmo com o que faz.

O termo workaholic tem origem norte americana e surgiu na década de 90 nos Estados Unidos e vem de alcoólatra (alcoholic) e significa alguém viciado em trabalho.

O workaholic é alguém que trabalha para fugir da sua própria vida e se vicia no trabalho. Se vicia porque outros aspectos de sua vida como família ou relacionamentos pessoais são fontes de angústia. A pessoa viciada em trabalho foge de uma realidade que não deseja enfrentar. Muitas vezes não tem amigos, namorado, ou se os tem não se relaciona de maneira satisfatória.

Para algumas pessoas trabalhar é muito prazeroso e vai muito além do salário. A realização profissional contribui com outros aspectos de sua vida, segundo o Professor Wanderley Codo ” Estar satisfeito com o que faz é uma das maneiras essenciais de um ser humano adulto ser saudável, já que o trabalho certamente tem influência sobre a saúde mental”.

Em funções altamente repetitivas onde o indivíduo não sabe o porque está fazendo aquele trabalho, a atividade gera sofrimento e angústia.

Me lembro de uma estória que é a maior expressão do que é dar significado ao seu trabalho por mais simples que seja.

Um senhor aproximou-se de uma construção e perguntou a um trabalhador: – O que você está fazendo? – estou colocando um tijolo em cima do outro, respondeu o rapaz. Descontente com a resposta, o senhor perguntou a outro: E você, o que está fazendo? Estou construindo uma parede, respondeu o segundo trabalhador. Ainda insatisfeito, o senhor perguntou a um terceiro operário: – E você o que está fazendo? – Ah, estamos construindo uma catedral, respondeu alegremente.

Para algumas profissões como artistas, professores, vendedores, entre outras, é mais fácil ver significado, pois a pessoa tem consciência do que faz, porque faz, e é mais comum os casos de worklovers, mas nada que impeça alguém de uma outra profissão não tão intelectualizada de ser apaixonada pelo que faz.

Ao escrever este post me lembrei de um caso brasileiro, o gari Renato Sorriso, que sempre aparece nos finais de desfile de Carnaval no Rio de Janeiro. Ele já foi convidado a falar sobre motivação em grandes empresas brasileiras, já participou de comerciais, esteve na Europa e diz com muito sorriso e satisfação, que ama o que faz e é muito feliz com sua profissão, um autêntico WORKLOVER.

E você ama o que faz?





Elisângela Dias

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